quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Movimento Sindical: CTB cresce e se consolida Brasil afora
Para a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) o ano de 2011 pode ser considerado vitorioso. Ao longo dos meses o movimento sindical pôde assistir à expansão da Central nos estados e seu poder de mobilização. Foram diversas lutas nas quais a CTB foi protagonista ou deu seu apoio, dentre elas se sobressaem greves, eleições, conferências, campanhas e filiações de sindicatos.
A CTB no Primeiro de Maio.
Para além das lutas, neste ano, a CTB também proporcionou à classe trabalhadora uma homenagem, recheada de conscientização política e reivindicações.
Como em todos os anos, a CTB aproveitou o Dia 1º de Maio para levar um pouco de entretenimento aos trabalhadores por todo Brasil, e acima de tudo, reivindicar mais uma vez a efetiva implantação das propostas contidas na Agenda da Classe Trabalhadora, entre elas a redução da jornada sem redução de salários; valorização do salário mínimo; fim do fator previdenciário e valorização das aposentadorias; trabalho decente; igualdade entre homens e mulheres; valorização do serviço público e do servidor público; reforma agrária; educação e qualificação profissional e redução da taxa de juros. Bandeiras defendidas pela CTB ao longo do ano.
Em São Paulo, o evento considerado nacional, reuniu cerca de 1,5 milhão de trabalhadores na Avenida Marquês de São Vicente. Mas assim como na capital paulista, diversos estados também promoveram atos e manifestações em alusão ao Dia do Trabalhador. Em cerca de 200 cidades, em 24 estados, as centrais organizaram festas que reuniram quase dez milhões de pessoas.
No Nordeste, Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia fizeram festas importantes. Em Salvador (BA), a Pça. Castro Alves assistiu a um ato com discursos das lideranças sindicais, autoridades, representantes de partidos políticos e atrações culturais.
No Norte e no Centro-Oeste, destacaram-se as manifestações no Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. No Sudeste, além da festa nacional realizada em São Paulo, as CTBs dos quatro estados mobilizaram seus trabalhadores.
No Sul, a CTB-RS promoveu importantes festas em Canoas e Caxias, com a presença de milhares de trabalhadores. Mais de 30 mil pessoas foram às ruas em cada uma das cidades.
A expansão da CTB pelo Brasil
Também foram destaque em 2011 as fundações de sindicatos e da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras no Serviço Público Municipal do Estado da Bahia – Fettram, em 12 de agosto desse ano. A criação da entidade, que já nasceu filiada à CTB, Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB) e Federação Sindical Mundial (FSM), é fruto de um amplo debate pela mudança política entre os trabalhadores do setor.
Assim como a Fettram, a partir de uma série de ações e medidas que vêm sendo implementadas por seus dirigentes desde o ato de sua fundação, dezenas de sindicato se filiaram à CTB desde o início do ano. Hoje fazem parte da CTB as mais variadas categorias, fisioterapeutas, caminhoneiros, professores, funcionários públicos, agentes de saúde e comunitários, entre outros.
Desde o início de 2010 foram filiados mais de 70 sindicatos, destes 29 rurais. Com destaque para a Bahia, Paraíba, Rio Grande do Sul – pela quantidade, e São Paulo – pela filiação da Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Estado de São Paulo (Fetaesp). “O crescimento expressivo da CTB é resultado de sua política ampla e de sua defesa de questões importantes como a unicidade e a contribuição sindical”, declarou o vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana.
Mas o crescimento da CTB não para por aí. Além das filiações, foram motivo de incentivo para os sindicalistas as vitórias em inúmeros processos eleitorais Brasil afora, quando as categorias ratificaram e se identificaram com o método classista de condução utilizado pela CTB nas entidades sindicais.
A exemplo disto, no APLB Sindicato da Bahia, mesmo antes do fim do processo de apuração, iniciado na noite da sexta-feira (5 de agosto), a vitória da Chapa 1 – Avançar com Experiência, Renovação e Unidade – já se tornava evidente, devido à grande diferença de votos entre as duas chapas que concorreram ao pleito. Ao final do processo eleitoral a Chapa 1 obteve nas urnas 35.417 (81,22%), contra 6.698 (15,36%) da Chapa 2.
Para Pascoal Carneiro, secretário-geral da CTB Nacional, essa vitória é dos trabalhadores, que mais uma vez confiaram em uma chapa classista e de luta, formada por quem fez e continuará fazendo história e garantindo vitórias cada vez mais expressivas. “Uma chapa que, também, constituirá uma diretoria repleta de caras e ideias novas”, declarou o dirigente.
Agenda dos trabalhadores
Outro tema que mobilizou as estaduais da CTB foi a VI Jornada Nacional de Debates do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) promovida em parceria com as Centrais Sindicais, que nessa edição abordou o tema "Negociação coletiva e trabalho decente”.
Em sua sexta edição, a jornada teve início no Pará, Pernambuco, Paraná, simultaneamente, e percorreu todas as capitais brasileiras com objetivo de esclarecer aos trabalhadores seus direitos e deveres para que eles possam, através do conhecimento, se preparar de acordo com a lei para defender sua categoria, sobretudo nas Negociações Coletivas e Condições de Trabalho.
A campanha pelo trabalho decente, aliás, encampada pela CTB e que está contida na Agenda Unitária da Classe Trabalhadora, documento aprovado na Conclat (junho/2010), foi entregue pelas centrais ao presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), em 9 de agosto, após diversas manifestações realizadas por todo o país.
“A classe trabalhadora demonstrou em todas as regiões do país que está disposta a lutar pelas suas reivindicações contidas na Agenda Unitária da Classe Trabalhadora. É essa militância nos estados que se mobiliza, organiza e participa, que faz a CTB ser hoje a Central que é. Forte, classista e de luta. Parabéns a todos e todas”, cumprimentou o presidente da CTB Nacional, Wagner Gomes.
Fonte: CTB
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