segunda-feira, 19 de março de 2012

segunda-feira, 5 de março de 2012

Programa Política, Futebol e Samba recebe o flamenguista Leandro


O programa Política Futebol e Samba recebeu nesta semana a participação do flamenguista Leandro, presidente do PCdoB de Brasília.


Apresentado por Gustavo Alves e Sonia Correa, o programa desta semana fala das comemorações do Dia da Mulher e também sobre os jogos da semana, ao som de Elis Regina, João Bosco e Clara Nunes.

Programa Política Futebol e Samba

Comunistas do Congresso Nacional organizam bicicleata para comemorar aniversário do PCdoB

A direção do Organismo de Base do PCdoB no Congresso Nacional tirou na última sexta-feira, 02/03, calendário de atividades para o primeiro semestre de 2012. O destaque fica com a programação própria para comemorar os 90 anos de fundação do mais antigo partido do país, que terá debate, panfletagem e bicicleata – uma mistura de passeio de bicicleta com passeata.
 
“Essa comemoração não é somente dos militantes. Ela é uma festa que celebra a vida e a luta do povo brasileiro”, afirma Elias Lima, Secretário-Político do O.B. Congresso. “Além da nossa participação nas atividades nacionais, faremos movimentações para mostrar o PCdoB para os brasilienses”, acrescenta o secretário.
Programada para o dia em que o PCdoB completa seus 90 anos, 25/03, a bicicleata terá concentração na altura da 102 do Eixão Norte, a partir das 9h. O evento contará barraca do partido, com direito a bolo para o aniversariante, música e distribuição de material. Além da atividade do dia 25, o OBCN fará ainda um debate intitulado “90 anos de história e resistência”, que acontece no dia 23/03 e panfletagem da Classe Operária na manhã do dia 26/03, mesmo dia da Sessão Solene do Congresso Nacional que homenageará o partido nonagenário. 
A reunião ainda definiu abril como o mês do Programa Socialista. Momento em que será ministrado o CPS - Curso do Programa Socialista, curso desenvolvido pela Escola Nacional do PCdoB e Fundação Mauricio Grabois. “Será um período de dedicado a formação militante. Nossa base tem condições de capacitar facilitadores  para repassar o curso nas outras cidades do DF”, ressaltou Carlos Décimo, secretário de formação do organismo. 
Maio terá a programação voltada para os trabalhadores com panfletagens, debates, a realização do 2º Seminário do Secretariado Parlamentar, e uma corrida com a participação exclusiva dos trabalhadores do legislativo a ser construída em parceria com as entidades da categoria. No mês de junho acontece a tradicional festa junina da base.  
A programação dos meses de abril, maio e junho será detalhada na reunião do organismo de base que debaterá os 90 anos de história e resistência, dia 23/03. 

Renata Aline, Secretária de Comunicação do Organismo de Base do Congresso Nacional

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Política, samba e futebol

Acompanhe os programas Política, Futebol e Samba diretamente na página do Vermelho-DF

PCdoB-Brasília define prioridades

Continuando o processo de preparação para os desafios de 2012, a Comissão Política do PCdoB de Brasília se reuniu na noite desta quarta-feira, para detalhara o planejamento da atuação dos comunistas de Brasília neste ano.


A reunião avançou em relação às metas e objetivos que o pleno da direção já havia eleito.
"Nossa preocupação é dar concretude ao nosso planejamento" destacou o presidente do PCdoB-Brasília, Leandro Cerqueira.
"Vamos construir uma série de ações voltadas para a consolidação do partido e também pelo reforço aos movimentos sociais" lembrou Cerqueira.
Outra preocupação dos comunistas do Plano Piloto são os ataques que o governo do DF tem sofrido, "muitas ações não são conhecidas pela população graças à uma barreira imposta por alguns veículos de comunicação e queremos agir para furar este bloqueio" destacou o presidente.
Entre as ações detalhadas pela Comissão Política estão a atuação com os setores organizados na Cultura, estruturação de um sistema de comunicação do partido e ações em diversos segmentos e na UnB.

Gustavo Alves, secretário de Comunicação PCdoB-Brasília

sábado, 14 de janeiro de 2012

Direção do PCdoB de Brasília realiza planejamento

Apesar do período de férias, a nova direção do PCdoB de Brasília decidiu realizar, neste sábado (14/01), o seu Seminário de Planejamento Estratégico.

O encontro dos comunistas acontece na Sede do Comitê do Distrito Federal e conta com o monitoramento da professora Maria Valéria Duarte, especialista em planejamento estratégico. 

Nos trabalhos de grupo acontece a participação ativa dos dirigentes do Partido no Plano Piloto.


Segundo Leandro Cerqueira, presidente do Partido no Plano Piloto, este é um momento importante para pautar os desafios deste comitê que tem grande relevância por se tratar da Capital Federal. 

Os trabalhos seguem até o final do dia e pretende-se constituir as linhas gerais que indicarão os objetivos e ações para os próximos dois anos.

Por Sônia Corrêa

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Acervo de Prestes traz análises sobre o Brasil durante a ditadura


Doado nesta terça-feira (3) ao Arquivo Nacional, no Rio, o acervo pessoal de Luiz Carlos Prestes (1898-1990) contém mais do que informações sobre a ação política do líder comunista e denúncias de torturas.

Traz relatos de notícias do Brasil na ditadura militar e a sua análise dos fatos, além de vasta correspondência pessoal com mulher e filhos.

Numa carta de 1981, endereçada ao filho adotivo Pedro, que vivia em Cuba e era seu "porta-voz" junto a Fidel Castro, Prestes opina sobre a saída do chefe da Casa Civil Golbery do Couto e Silva (1911-1987), então homem forte do regime militar.

"Depois da bomba do Rio Centro [atentado frustrado atribuído à ala mais conservadora da ditadura], o acontecimento mais importante foi a queda do Golbery, chefe da "Casa Civil" da ditadura e que, na verdade, exercia mesmo a função de presidente da República."

Segundo Luiz Carlos Prestes Filho, as cartas a Pedro, morto em 2011, são especialmente importantes, pois revelam muito dos ideais e opiniões do líder. Prestes adotou Pedro e Paulo, filhos do primeiro casamento de sua mulher Maria Prestes.

Entre as correspondências, diz, estão ainda cartas a filhos e netos a partir do exílio, com cobranças sobre a vida escolar, o estudo da língua portuguesa (já que viveram muito tempo no exterior) e orientações sobre a carreira a ser escolhida.

Nas 27 pastas de documentos doadas, há uma carta a Fidel de 1979, sinalizando necessidade de repensar as ações no Brasil após a anistia de 1979. Outro documento, de 1975, dirigido a correspondentes internacionais, denuncia a tortura de 35 presos e a morte de cinco deles.

A decisão de doar o acervo partiu de Maria Prestes. Sobre a contrariedade da filha mais velha de Prestes, Anita Leocádia Prestes, filha de sua união com Olga Benário, a viúva diz que ela "não é dona da memória" do líder.

Em e-mail ao jornal "O Globo", Anita diz que a divulgação do acervo é "um desrespeito à vontade" de Prestes, que "jamais concordaria com tal divulgação". Procurada, Anita não foi localizada pela reportagem.

Fonte: Folha.com

Movimento Sindical: CTB cresce e se consolida Brasil afora


Para a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) o ano de 2011 pode ser considerado vitorioso. Ao longo dos meses o movimento sindical pôde assistir à expansão da Central nos estados e seu poder de mobilização. Foram diversas lutas nas quais a CTB foi protagonista ou deu seu apoio, dentre elas se sobressaem greves, eleições, conferências, campanhas e filiações de sindicatos.

A CTB no Primeiro de Maio.
Para além das lutas, neste ano, a CTB também proporcionou à classe trabalhadora uma homenagem, recheada de conscientização política e reivindicações.

Como em todos os anos, a CTB aproveitou o Dia 1º de Maio para levar um pouco de entretenimento aos trabalhadores por todo Brasil, e acima de tudo, reivindicar mais uma vez a efetiva implantação das propostas contidas na Agenda da Classe Trabalhadora, entre elas a redução da jornada sem redução de salários; valorização do salário mínimo; fim do fator previdenciário e valorização das aposentadorias; trabalho decente; igualdade entre homens e mulheres; valorização do serviço público e do servidor público; reforma agrária; educação e qualificação profissional e redução da taxa de juros. Bandeiras defendidas pela CTB ao longo do ano.

Em São Paulo, o evento considerado nacional, reuniu cerca de 1,5 milhão de trabalhadores na Avenida Marquês de São Vicente. Mas assim como na capital paulista, diversos estados também promoveram atos e manifestações em alusão ao Dia do Trabalhador. Em cerca de 200 cidades, em 24 estados, as centrais organizaram festas que reuniram quase dez milhões de pessoas.

No Nordeste, Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia fizeram festas importantes. Em Salvador (BA), a Pça. Castro Alves assistiu a um ato com discursos das lideranças sindicais, autoridades, representantes de partidos políticos e atrações culturais.

No Norte e no Centro-Oeste, destacaram-se as manifestações no Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. No Sudeste, além da festa nacional realizada em São Paulo, as CTBs dos quatro estados mobilizaram seus trabalhadores.

No Sul, a CTB-RS promoveu importantes festas em Canoas e Caxias, com a presença de milhares de trabalhadores. Mais de 30 mil pessoas foram às ruas em cada uma das cidades.

A expansão da CTB pelo Brasil

Também foram destaque em 2011 as fundações de sindicatos e da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras no Serviço Público Municipal do Estado da Bahia – Fettram, em 12 de agosto desse ano. A criação da entidade, que já nasceu filiada à CTB, Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB) e Federação Sindical Mundial (FSM), é fruto de um amplo debate pela mudança política entre os trabalhadores do setor.

Assim como a Fettram, a partir de uma série de ações e medidas que vêm sendo implementadas por seus dirigentes desde o ato de sua fundação, dezenas de sindicato se filiaram à CTB desde o início do ano. Hoje fazem parte da CTB as mais variadas categorias, fisioterapeutas, caminhoneiros, professores, funcionários públicos, agentes de saúde e comunitários, entre outros.

Desde o início de 2010 foram filiados mais de 70 sindicatos, destes 29 rurais. Com destaque para a Bahia, Paraíba, Rio Grande do Sul – pela quantidade, e São Paulo – pela filiação da Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Estado de São Paulo (Fetaesp). “O crescimento expressivo da CTB é resultado de sua política ampla e de sua defesa de questões importantes como a unicidade e a contribuição sindical”, declarou o vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana.

Mas o crescimento da CTB não para por aí. Além das filiações, foram motivo de incentivo para os sindicalistas as vitórias em inúmeros processos eleitorais Brasil afora, quando as categorias ratificaram e se identificaram com o método classista de condução utilizado pela CTB nas entidades sindicais.

A exemplo disto, no APLB Sindicato da Bahia, mesmo antes do fim do processo de apuração, iniciado na noite da sexta-feira (5 de agosto), a vitória da Chapa 1 – Avançar com Experiência, Renovação e Unidade – já se tornava evidente, devido à grande diferença de votos entre as duas chapas que concorreram ao pleito. Ao final do processo eleitoral a Chapa 1 obteve nas urnas 35.417 (81,22%), contra 6.698 (15,36%) da Chapa 2.

Para Pascoal Carneiro, secretário-geral da CTB Nacional, essa vitória é dos trabalhadores, que mais uma vez confiaram em uma chapa classista e de luta, formada por quem fez e continuará fazendo história e garantindo vitórias cada vez mais expressivas. “Uma chapa que, também, constituirá uma diretoria repleta de caras e ideias novas”, declarou o dirigente.

Agenda dos trabalhadores

Outro tema que mobilizou as estaduais da CTB foi a VI Jornada Nacional de Debates do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) promovida em parceria com as Centrais Sindicais, que nessa edição abordou o tema "Negociação coletiva e trabalho decente”.

Em sua sexta edição, a jornada teve início no Pará, Pernambuco, Paraná, simultaneamente, e percorreu todas as capitais brasileiras com objetivo de esclarecer aos trabalhadores seus direitos e deveres para que eles possam, através do conhecimento, se preparar de acordo com a lei para defender sua categoria, sobretudo nas Negociações Coletivas e Condições de Trabalho.

A campanha pelo trabalho decente, aliás, encampada pela CTB e que está contida na Agenda Unitária da Classe Trabalhadora, documento aprovado na Conclat (junho/2010), foi entregue pelas centrais ao presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), em 9 de agosto, após diversas manifestações realizadas por todo o país.

“A classe trabalhadora demonstrou em todas as regiões do país que está disposta a lutar pelas suas reivindicações contidas na Agenda Unitária da Classe Trabalhadora. É essa militância nos estados que se mobiliza, organiza e participa, que faz a CTB ser hoje a Central que é. Forte, classista e de luta. Parabéns a todos e todas”, cumprimentou o presidente da CTB Nacional, Wagner Gomes.

Fonte: CTB

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Nova classe média ou classe trabalhadora?


Por Marcio Pochmann*
A centralidade do trabalho, conferida pelo impulso das políticas públicas em pleno ambiente de recuperação econômica dos últimos anos, foi responsável pelo fortalecimento do segmento situado na base da pirâmide social brasileira.
Na década de 2000, por exemplo, foram 21 milhões de novos postos de trabalho abertos, sendo 95% deles com remuneração de até 1,5 salário mínimo mensal, capazes de permitir a redução tanto do mar de pobreza existente como do patamar extremo da desigualdade no interior do rendimento do trabalho. Na década de 1990, o Brasil das políticas neoliberais abriu somente 11 milhões de ocupações, sendo 62,5% delas sem remuneração.

O adicional de ocupados na base da pirâmide social reforçou o contingente da classe trabalhadora, equivocadamente identificada como uma nova classe média. Talvez não seja bem um mero equívoco conceitual, mas expressão da disputa que se instala em torno da concepção e condução das políticas públicas atuais.

A interpretação de classe média (nova) resulta, em consequência, no apelo à reorientação das políticas públicas para a perspectiva fundamentalmente mercantil. Ou seja, o fortalecimento dos planos privados de saúde, educação, assistência e previdência, entre outros. Nesse sentido, não se apresentaria isolada a simultânea ação propagandista desvalorizadora dos serviços públicos (o SUS, a educação e a previdência social).

A despolitizadora emergência de segmentos novos na base da pirâmide social resulta do despreparo de instituições democráticas atualmente existentes para envolver e canalizar ações de interesse para a classe trabalhadora ampliada. Ou seja, o escasso papel estratégico e renovado do sindicalismo, das associações estudantis e de bairros, das comunidades de base, dos partidos políticos, entre outros.

No final da década de 1970, estudos como o de Eder Sader ("Quando Novos Personagens Entram em Cena") buscaram destacar que o crescimento econômico da ditadura militar culminou com o novo movimento de ascensão do grande contingente de brasileiros oriundos da transição do campo para cidades.

Aquela mobilidade na base da pirâmide social, que havia sido contaminada pela precariedade das cidades e dos serviços públicos, foi capturada pelo novo sindicalismo e por comunidades de base, o que impulsionou a luta pela transição democrática e pelo aparecimento das políticas sociais universalistas. Isto é, a chave do rompimento à longa fase da cidadania regulada predominante no Brasil, como descreveu Wanderley dos Santos ("Cidadania e Justiça").

Ainda que no cenário derrotista das teses neoliberais vigente atualmente, elas parecem se renovar e ganhar impulso marqueteiro na agenda mercadológica do consumo. Isso torna a agenda das políticas públicas assentadas na centralidade do trabalho desafiada, posto que a força difusora de um conceito equivocado sobre alterações na estratificação social pode levar à dispersão e fragmentação da atuação do Estado.

O entendimento correto acerca do impulso ampliado da classe trabalhadora deveria ser acompanhado da transformação dos segmentos sociais emergentes em novos personagens pelas instituições democráticas atuais. Dessa forma, soergueriam os atores protagonistas da contínua luta pelas políticas públicas universais.
* Marcio Pochmann, professor licenciado do Instituto de Economia e do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Universidade Estadual de Campinas, é presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)