Debaixo de uma chuva fria, o presidente do Equador, Rafael Corrêa, abriu oficialmente na tarde do último sábado (7/12), na capital do país, Quito, o 18º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes. A já tradicional cerimônia teve desfile e marcha das delegações dos 90 países que participam do encontro. O ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, que morreu na última quinta-feira (5/12), foi homenageado. O Brasil, com 100 delegados, está representado pela presidentas da UNE, Vic Barros e da ANPG, Luana Bonone, entre outros diretores das entidades e integrantes de juventudes sindicais e partidárias.
A estudante brasileira Talita Monção faz parte do comitê organizador do Festival, que conta com trinta países. Ela está morando há quase dois meses no Equador e contribuiu para que tudo desse certo nesse que é o maior encontro da juventude mundial. Para ela, o que se busca em Quito são alternativas diferentes para um mundo em que os jovens sejam protagonistas das transformações sociais em cada continente.
O diretor de Relações Internacionais da UNE, Tahuan Fernandes, que está em Quito compondo a delegação brasileira, destaca o papel fundamental do Brasil para garantir a unidade dos povos latinos e a unidade das entidades representantes dos estudantes na América Latina. “Estamos aqui para discutir e avançar nesse novo período de desenvolvimento por qual passa o nosso continente com a eleição de governos progressistas. Temos que garantir a continuidade desse processo com a juventude na linha de frente dos avanços”.
O 18º Festival da Juventude ocorre no Parque Bicentenário da capital equatoriana, um antigo aeroporto que está totalmente ocupado por tendas de debates, barraquinhas com comidas típicas e artes regionais. Essa edição do festival homenageia o líder da Revolução liberal do Equador, Eloy Alfaro; o falecido presidente da Venezuela, Hugo Chávez e o independista gânes Kwane Nhkrumah. Por todo o parque se vê também imagens de figuras importantes da política e da cultura equatoriana, como o pintor Oswaldo Guayasamín.
O Festival dedica cada dia a um Continente. No domingo, a Europa foi tema das mesas de debates e reuniões entre as juventudes. Nesta segunda, será o Oriente Médio. Terça-feira a África e quarta-feira a Ásia e o Pacífico. Na quinta será o dia da América e na sexta, fechando o festival, o dia do Equador. Acompanhe a programação pelo http://www.18fmje.org.
O presidente Rafael Côrrea expôs um pouco sobre o processo em que vive o seu país. Desde que foi eleito pela primeira vez, há seis anos, ele convocou uma Assembleia Constituinte, de forma similar à Bolívia, e se passou à construção de um novo Estado, republicano, multiétnico, multicultural, cidadão. O processo de transformações liderado por Correa passou a se chamar Revolução Cidadã e começou a organização de um partido, o Movimento País.
Esse processo de transformações, como o de todos os governos progressistas da América Latina, privilegia as políticas sociais e não o ajuste fiscal, privilegia os processos de integração regional e as alianças entre o Sul do mundo. Além de um Estado forte, indutor do crescimento econômico e a garantia dos direitos sociais e não o Estado mínimo, que renuncia em favor do mercado.
O destaque da primeiro dia do encontro, neste domingo (8/12), foi a feira da amizade. Cada país monta o seu estande e expõe a sua história, composta por capítulos de lutas e revoluções contra ditaduras, pela independência de nações e heróis que combateram opressões de todos os tipos. É como caminhar pelo globo terrestre com a facilidade de a cada passo sair do Vietnã e chegar ao Siri Lanka ou a Portugal.
Os cubanos são os mais numerosos, com quase mil pessoas, e as mais contagiantes, compartilham um pouco da cultura revolucionária da ilha caribenha, promovendo momentos de integração com dança e música. A Colômbia, vizinha ao Equador, também chegou em peso com mais de 800 pessoas e na bagagem a história de uma juventude que resiste na luta apesar de ser sufocada pelas forças reacionárias de seu país. Os venezuelanos compartilham a experiência do processo de mudanças iniciado pela presidente Hugo Chávez e a continuidade que Nicolas Maduro dá aos rumos do país.
Jovens do México, da Bélgica, da Rússia, da Tunísia e de outros países tão diferentes culturalmente formam ao redor do Festival essa energia extraordinariamente integradora, onde o importante desse momento de troca de experiências é alcançar saídas para um mundo de paz e solidariedade entre os povos.
De Quito, Rafael Minoro
Fotos: FMJE e João Dias/UNE
*Acompanhe atualizações em tempo real pelo facebook.com/uneoficial
O diretor de Relações Internacionais da UNE, Tahuan Fernandes, que está em Quito compondo a delegação brasileira, destaca o papel fundamental do Brasil para garantir a unidade dos povos latinos e a unidade das entidades representantes dos estudantes na América Latina. “Estamos aqui para discutir e avançar nesse novo período de desenvolvimento por qual passa o nosso continente com a eleição de governos progressistas. Temos que garantir a continuidade desse processo com a juventude na linha de frente dos avanços”.
O 18º Festival da Juventude ocorre no Parque Bicentenário da capital equatoriana, um antigo aeroporto que está totalmente ocupado por tendas de debates, barraquinhas com comidas típicas e artes regionais. Essa edição do festival homenageia o líder da Revolução liberal do Equador, Eloy Alfaro; o falecido presidente da Venezuela, Hugo Chávez e o independista gânes Kwane Nhkrumah. Por todo o parque se vê também imagens de figuras importantes da política e da cultura equatoriana, como o pintor Oswaldo Guayasamín.
O Festival dedica cada dia a um Continente. No domingo, a Europa foi tema das mesas de debates e reuniões entre as juventudes. Nesta segunda, será o Oriente Médio. Terça-feira a África e quarta-feira a Ásia e o Pacífico. Na quinta será o dia da América e na sexta, fechando o festival, o dia do Equador. Acompanhe a programação pelo http://www.18fmje.org.
O presidente Rafael Côrrea expôs um pouco sobre o processo em que vive o seu país. Desde que foi eleito pela primeira vez, há seis anos, ele convocou uma Assembleia Constituinte, de forma similar à Bolívia, e se passou à construção de um novo Estado, republicano, multiétnico, multicultural, cidadão. O processo de transformações liderado por Correa passou a se chamar Revolução Cidadã e começou a organização de um partido, o Movimento País.
Esse processo de transformações, como o de todos os governos progressistas da América Latina, privilegia as políticas sociais e não o ajuste fiscal, privilegia os processos de integração regional e as alianças entre o Sul do mundo. Além de um Estado forte, indutor do crescimento econômico e a garantia dos direitos sociais e não o Estado mínimo, que renuncia em favor do mercado.
O destaque da primeiro dia do encontro, neste domingo (8/12), foi a feira da amizade. Cada país monta o seu estande e expõe a sua história, composta por capítulos de lutas e revoluções contra ditaduras, pela independência de nações e heróis que combateram opressões de todos os tipos. É como caminhar pelo globo terrestre com a facilidade de a cada passo sair do Vietnã e chegar ao Siri Lanka ou a Portugal.
Os cubanos são os mais numerosos, com quase mil pessoas, e as mais contagiantes, compartilham um pouco da cultura revolucionária da ilha caribenha, promovendo momentos de integração com dança e música. A Colômbia, vizinha ao Equador, também chegou em peso com mais de 800 pessoas e na bagagem a história de uma juventude que resiste na luta apesar de ser sufocada pelas forças reacionárias de seu país. Os venezuelanos compartilham a experiência do processo de mudanças iniciado pela presidente Hugo Chávez e a continuidade que Nicolas Maduro dá aos rumos do país.
Jovens do México, da Bélgica, da Rússia, da Tunísia e de outros países tão diferentes culturalmente formam ao redor do Festival essa energia extraordinariamente integradora, onde o importante desse momento de troca de experiências é alcançar saídas para um mundo de paz e solidariedade entre os povos.
De Quito, Rafael Minoro
Fotos: FMJE e João Dias/UNE
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