quinta-feira, 1 de abril de 2010

Dilma: oposicionistas são “viúvos da estagnação” e “têm medo”

A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, deixou ontem a chefia da Casa Civil com um discurso de exaltação ao presidente Lula e ao governo e uma crítica aos que, por “medo”, fingem ignorar que a vida do povo brasileiro está melhorando. Eles são, segundo Dilma, os viúvos da estagnação e do Brasil que crescia pouco.
“A vida de milhões e milhões de brasileiros e de brasileiras está mudando. Nós sabemos que aqueles que lamentam, os viúvos do Brasil que crescia pouco, da estagnação, fingem ignorar que essa é uma mudança substancial. Têm medo. Eles não sabem o que oferecer ao povo, que hoje é orgulhoso e tem certeza de que sua vida mudou. Não aceita mais migalhas, parcelas ou projetos inacabados.”
Em outra referência às oposições, Dilma declarou ao presidente Lula o orgulho de todos os ministros em participarem de seu governo, enquanto integrantes de governos anteriores procuram esconder isso.
“(…) Nós podemos dizer em alto e bom som: nós nos orgulhamos de ter participado do seu governo. (…) Não importa, agora, perguntar, por que alguns não têm orgulho dos governos de que participaram. Eles devem ter seus motivos. Mas nós podemos sempre saber que nós temos um patrimônio, nós temos parte da Era Lula.”



Em entrevista posterior à solenidade em que dez ministros deixaram os cargos para concorrer às eleições de outubro, a pré-candidata petista voltou a destacar sua participação no Governo Lula e enfatizou que sua candidatura não é um “voo solo”.
“Eu não pretendo me desvencilhar do governo do presidente Lula. Participar dele foi um momento muito importante da minha biografia. Eu não pretendo escondê-lo. Não é um voo solo, é um projeto”.
Ainda na entrevista, a candidata do PT descartou a hipótese de que evitará debates durante a campanha eleitoral.
“Ninguém vai se esconder de debate”, garantiu Dilma, cuja saída da Casa Civil para a disputa presidencial foi motivada, segundo o presidente Lula, pela esperança.
“Tua saída é um prejuízo para o país, mas é dentro de uma perspectiva de que você seja mais que chefe da Casa Civil”, afirmou Lula depois de exaltar o desempenho da ministra.
“Não existe ninguém insubstituível, mas acho que a Dilma foi de uma competência extraordinária, capacidade de articulação, capacidade de trabalho. Muita gente acha que a Dilma é dura. A Dilma é o que ela é. Ser um pouco dura é, possivelmente, uma das estacas que utiliza para exercer sua função e seu poder”.

“SOMOS AQUELES QUE ESTAMOS DIZENDO ATÉ BREVE”
Leia, a seguir, os principais trechos do discurso de Dilma ao deixar a Casa Civil:
“(…) Com o senhor, presidente, nós vencemos e vamos vencendo a cada dia. Vencemos a miséria, a pobreza, ou parte da miséria e da grande pobreza deste país. Vencemos a submissão, vencemos a estagnação, vencemos o pessimismo, vencemos o conformismo e vencemos a indignidade.”

“Nós podemos dizer que, em apenas sete anos e meio o nosso governo mudou o Brasil. (…) Nós temos orgulho de termos tirado quase 30 milhões de uma situação de pobreza para as classes médias, de tirarmos mais de 20 milhões da pobreza, de termos empregado com carteira assinada quase 12 milhões de brasileiros.”

“(…) A vida de milhões e milhões de brasileiros e de brasileiras está mudando. Nós sabemos que aqueles que lamentam, os viúvos do Brasil que crescia pouco, da estagnação, fingem ignorar que essa é uma mudança substancial. Têm medo. Eles não sabem o que oferecer ao povo, que hoje é orgulhoso e têm certeza que sua vida mudou. Não aceita mais migalhas, parcelas ou projetos inacabados.”

“ (…) Deixamos o governo renovando o nosso compromisso com as bandeiras que aqui abraçamos e com o juramento que fizemos, cada vez mais, de lutar e melhorar a vida do nosso povo.”

“(…) Nos despedimos, mas não somos aqueles que estão dizendo adeus. Somos aqueles que estamos dizendo até breve. Nós não vamos nos dispersar. Hoje, nós sabemos que o Brasil é um país pronto para dar um novo e decisivo passo rumo ao futuro de prosperidade econômica e social, trilhando rotas já abertas, explorando novas riquezas, como o pré-sal, sempre buscando recuperar milhões de novos empregos.”


AS MUDANÇAS NO MINISTÉRIO
Ministério                                               Quem sai                               Novo ministro
Casa Civil                                            Dilma Rousseff                          Erenice Guerra
Agricultura                                      Reinhold Stephanes                        Wagner Rossi
Comunicações                                     Hélio Costa                  José Arthur Filardi Leite
Desenvolvimento Social                 Patrus Ananias                                Márcia Lopes
Igualdade Racial                               Edson Santos                                      Elói Araújo
Integração Nacional                        Geddel Vieira Lima                          João Santana
Meio Ambiente                                       Carlos Minc                           Izabella Teixeira
Minas e Energia                                    Edison Lobão                  Márcio Zimmermann.
Previdência Social                               José Pimentel                Carlos Eduardo Gabas
Transportes                                         Alfredo Nascimento           Paulo Sérgio Passos

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